segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Trago ou Trazido? Pago ou Pagado? Impresso ou Imprimido?

Oi, pessoal! Tudo certo?!

Cá estamos mais uma vez para retomar as postagens do blog. Está lançada a campanha #AGORAVAI, rs.

Para o primeiro post de 2017 - Feliz Ano Novo atrasado a todos!!! -, resolvi tratar de um tema polêmico e que costuma gerar alguma dúvida quando vamos escrever um texto: OS PARTICÍPIOS!

Antes de mais nada, vocês se lembram do que são os particípios? 'Bora' buscar na memória aquela aula de gramática da 8ª série? rsrs

O particípio é uma das formas nominais do verbo. Ele é formado com o acréscimo dos sufixos -ado ou -ido e aparece sempre em locuções acompanhando os verbos ser, estar, ter ou haver. Vamos aos exemplos?

- João tinha comprado dois salgados no recreio.
- O apartamento foi alugado pela família.
- Eu nunca havia estado naquela praia.
- O carro já estava vendido quando cheguei.

Alguns verbos possuem o particípio que chamamos irregular, como é o caso de fazer (FEITO),  por (posto), abrir (aberto), entre outros. E mais, alguns verbos têm os 2 particípios, um regular e outro irregular. Veja só:

- A carta foi entregue ao porteiro. / Se eu tivesse entregado a carta...
- A luz estava acesa quando entrei. / Alguém havia acendido a luz...

Então você se pergunta: como é que eu vou saber qual dos particípios devo usar? O "truque" é simples:
- Verbos ter / haver: particípio regular (-ido ou -ado);
- Verbos ser / estar: particípio irregular.

MAS ATENÇÃO!!! Não existe a forma TRAGO como particípio do verbo TRAZER, ok? Então nada de "se eu tivesse TRAGO o livro" #pelamordedeus. O correto é "se eu tivesse TRAZIDO o livro". :)

Dúvidas e sugestões de temas para os próximos posts? Escreva nos comentários, por favor!

Super abraço!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

A, À ou HÁ? Qual a diferença?

Galera, o post de hoje é sobre algo muito comum que vejo as pessoas errando por aí nas redes sociais: o uso de “a”, “à” (com acento grave) e do “há” (com h).

Primeiramente, é necessário deixar claro que NÃO EXISTE a figura do “á”. Isso mesmo, esse “á”, com acento agudo ( ‘ ), é invenção de alguém não muito esperto que ficou na dúvida se usava ou não a crase (à) e acabou criando isso. Portanto, desde já, #NUNCA use acento agudo no “a”. =P

O “à”, que popularmente chamamos de ‘a’ craseado, é o “a” com acento grave ( ` ). Ele representa a junção de 2 vogais ‘a’ idênticas, no caso, da preposição “a” com algum outro “a” (artigo ou pronome demonstrativo). Ex: Fomos à festa ontem.

Para saber se é ele que deve ser usado, o truque é bem simples: substitua a palavra que vem depois por uma palavra masculina. Se o “a” virar “ao”, trata-se de uma crase e o “a” deve ser acentuado com acento grave (à). No exemplo acima, teríamos: Fomos ao baile ontem. Entendeu? Isso explica a crase nesse caso.

Como já dito, também acontece a crase quando temos a preposição “a” unida aos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo. Ex: Detestava ir àqueles lugares.

Lembramos que NÃO existe crase:
1) antes de palavra masculina. Ex: O homem cheirava a álcool.
2) antes de verbo. Ex: Matrículas a partir de agosto.
3) entre palavras repetidas. Ex: cara a cara, frente a frente, etc.

Por fim, o “há” é uma conjugação do verbo HAVER. É muito comum ver as pessoas usando o “a” comum quando deveriam na verdade usar o “há”. Para não errar mais, substitua o “há” pelo forma verbal “faz”. Se der sentido, cabe ali um “há”. Ex: Troquei de emprego há 3 anos = Troquei de emprego faz 3 anos. Viu só? Nem é tão difícil! ;)

Como é característica do blog ser mais sucinto, voltarei ao assunto crase em um outro post, pois ele é bem mais amplo e dá margem para muito debate. Por ora, é isso! Gostou? Tem alguma dúvida? Deixe nos comentários!


Ótima quarta-feira!!! =D

terça-feira, 12 de julho de 2016

Estamos de volta! =)

Olá, pessoal!!! Quanto tempo, né? =)

Depois de um longo e tenebroso inverno (na verdade, foram 4 invernos e estamos no meio do 5º, rs), é com muito prazer que informo que ESTAMOS DE VOLTA! uhuuuu ;)

Foram vários pedidos ao longo desses 4 anos e nesse momento me sinto preparado para retomar o blog e as postagens em prol da nossa querida LÍNGUA PORTUGUESA.

Bom, antes de mais nada, preciso dizer que muita coisa mudou nesse tempo. Quando comecei o blog, estava prestes a INICIAR a faculdade de Letras e agora, acreditem, já estou FORMADO! clap clap clap, palmas pra mim! =P

Durante a faculdade, não tive muito tempo para me dedicar ao blog. Por isso, infelizmente ele foi deixado de lado, mas nunca totalmente esquecido. Nesse tempo, fui acumulando conhecimento e informações que pretendo a partir de agora compartilhar com vocês. Espero que seja uma nova temporada de muito aprendizado para todos!

Uma coisa que aprendi na faculdade e que gostaria de dividir desde já com vocês é o seguinte: não existe "falar certo" ou "falar errado", nem "escrever corretamente" ou "falar corretamente". O que existe, na verdade, é o uso da língua de acordo com a norma culta (também chamada norma padrão) e o uso da norma coloquial, do nosso dia a dia.

Ao dizer que alguém fala ou escreve "errado", podemos incorrer no que chamamos no meio acadêmico de "preconceito linguístico", o que não é de forma alguma o objetivo desse blog.

O que pretendo aqui é, portanto, mostrar esses "desvios" da norma padrão que podem, em diversas situações, nos incomodar. Lembrando que a língua está em constante evolução e mudança e o que hoje é considerado fora da norma padrão amanhã pode não ser.

É isso! Conto com vocês para que esse espaço seja uma boa fonte de aprendizado e espero colaborar de alguma forma de acordo com a necessidade de cada um.

Caso tenham sugestões de temas a serem abordados, deixem nos comentários, por favor. Blz?

Bons estudos!!! ;)

sexta-feira, 2 de março de 2012

O QUAL, NO QUAL, DO QUAL? QUAL USAR?


Muitas vezes me surpreendo com o uso equivocado do pronome relativo O QUAL.

A maioria das pessoas acredita estar falando “bonito”, sem saber que, na verdade, está fazendo “feio”.

Exemplos do que costumamos ver:

“A pessoa na qual merece destaque é Maria”.

Ou

“Os países os quais mais gosto estão na Europa”.

Por que estão erradas?

1ª: não há necessidade da construção EM + A = NA
2ª: faltou a preposição DE (de + os = dos).

Explico: o pronome relativo O QUAL funciona da mesma forma que o pronome relativo QUE.

Vejamos:

A pessoa QUE merece destaque é Maria. / A pessoa A QUAL merece destaque é Maria.

Os países DE QUE mais gosto estão na Europa. / Os países DOS QUAIS mais gosto estão na Europa. Quem gosta, gosta DE alguma coisa.

Assim sendo, a dica é substituir o termo que se pretende utilizar por QUE, prestando sempre atenção na necessidade ou não do acompanhamento da preposição.

Exemplo:

Os amigos COM QUE mais me identifico são os mais velhos. / Os amigos COM OS QUAIS mais me identifico são os mais velhos. Quem se identifica, se identifica COM alguém.

É isso! Bom final de semana!

;)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

MAIS ou MAS?!


O post de hoje é curto e grosso! hehe

E é pra você que escreve MAIS no lugar de MAS e vice-versa.

Explicando as regrinhas (que, diga-se de passagem, nem são regras, são apenas a diferença entre um e outro):

MAS = conjunção indicativa de oposição ou restrição. Ex: Estudou muito, MAS não foi aprovado no teste.

MAIS = advérbio que designa aumento, grandeza ou comparação. Contrário de MENOS.
Ex: Ela precisa comer MAIS para atingir seus objetivos.

Truque: para não errar na hora de usar, substitua o termo por MENOS. Se der sentido, é MAIS. Se não, é MAS.

Beijo e não erre MAIS! ;)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

VIM, VIR, VER ou VIER? NÃO ERRE MAIS!

Eu já estava doido querendo escrever algo sobre estes danados verbos VER e VIR, que sempre nos confundem diariamente, principalmente na conjugação do Futuro do Subjuntivo. Ok, vamos ser menos técnicos! =P

Na época de colégio, eu aprendi que o Futuro do Subjuntivo é aquele tempo que a gente conjuga com o “Quando”. Vamos facilitar com alguns exemplos:

“Quando eles viajarem, eu ficarei sozinho.”
                             Ou
“Daremos uma festa quando completarmos 30 anos.”

E é aí que a galera se atrapalha com o VER e o VIR.

O que costumamos ver por aí: “Quando você VER o José, diga que estou com saudades”. O correto seria: “Quando você VIR o José, diga que estou com saudades”.

A conjugação VIER é para o Futuro do Subjuntivo do verbo VIR. Ex: “Se ela vier, eu fico”. Jamais diga ou escreva “Se ela VIR, eu fico” ou pior: “Se ela VIM, eu fico”. #morri

Outro erro grave é usar a forma VIM, que seria o pretérito perfeito de VIR, no lugar do verbo que deveria estar no infinitivo. Assim: “Você vai VIM mesmo?”. É de doer. Nem preciso dizer que o correto seria “Você vai VIR mesmo?”.

Quer saber todas as conjugações de algum verbo? Clica AQUI.

Um beijo e ótimo final de semana!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Vírgulas: regrinhas básicas podem ajudar

Olá, pessoal!

Primeiro post real dentro da temática do blog! Quer dizer, pelo título deste post, vocês podem estar pensando: "não é pra não matar o português? Onde diabos a vírgula entra?".

Bom, obviamente, pretendo falar aqui sobre as atrocidades cometidas em relação a ortografia, morfologia, sintaxe, etc., mas acredito que o emprego correto da vírgula é essencial para se criar um bom texto, independente do seu número de caracteres. Daí o motivo dessa especial atenção à nossa querida ~vírgula~.

O que tenho notado nas minhas leituras diárias no mundo virtual (leia-se Twitter e Facebook) é que a coitada da vírgula se perdeu por aí.

Ambiguidades geradas por palavras misturadas e uma verdadeira "salada" de períodos e orações comprometem a qualidade, a fluência e o entendimento de qualquer texto. Para evitar isso, separei algumas dicas baseadas nos erros mais comuns que costumo ver na rede. Espiem só:

- Vírgula não deve separar sujeito e predicado. Isso costuma ocorrer em orações em que o sujeito é muito longo, como por ex: "As informações levadas pela Polícia ao Ministério Público, foram de extrema importância". Nesse caso, o uso da vírgula está incorreto, pois ela é desnecessária. A mesma regra se aplica para outros termos como verbos e objetos, nomes e complementos, etc., que não devem ser separados por vírgula.

- Use vírgula para isolar o aposto. Para quem não se lembra, aposto é aquele termo que qualifica o termo anterior. Ex: Maria, a filha de José, vai se casar com Pedro.

- Vírgula também deve ser usada em caso de vocativo. Para você que fugiu daquela aula de Português, vocativo é o termo que "interage" com alguém. Ex: a saudação inicial desse post: "Olá, pessoal"; outro exemplo: "Maria, vá dormir!"

Era isso, pessoas. Espero que tenham relembrado um pouco sobre o uso da vírgula. Lembrando que há outras regras para o seu emprego correto, mas preferi enfatizar essas que, ao meu ver, são mais corriqueiras e prejudicam mais a compreensão e a leitura de qualquer texto.

Até o próximo post! :)